Mana, o texto de hoje é seríssimo! Se você sente dor na hora do sexo e só de pensar já fica com medo, relaxa que hoje você vai ver a possível causa para esse teu problema: o vaginismo!
Apesar de pouco conhecida, ela atinge cerca de 6% das pessoas ao longo de sua vida, mas esse número pode ser ainda maior!
Senta num lugar bem confortável, pega um vinhozinho e se prepara para esse nosso momento porque hoje é só o início da mudança da tua relação com o sexo!
Talvez você ainda não conheça essa doença de nome esquisito, mas é extremamente importante conhecermos mais sobre o nosso corpo e entender toda relação que temos com ele.
Então vem comigo que vou te explicar!
O que é vaginismo?
O vaginismo é um processo do nosso corpo onde os músculos da vagina se contraem involuntariamente, causando dor no momento da penetração, seja de um dedo, um absorvente interno, ou mesmo de um pênis. A gente pode até entender esse movimento como uma defesa!
Olha que doido, o nosso corpo se defendendo de um momento que deveria ser super prazeroso e leve para nós.
Não é só do ato sexual que o corpo se “defende”, mas algumas mulheres relatam que só de pensar em sexo o corpo já repele essa ideia e tenta se proteger da forma que pode de passar por essa situação.
Essa dor pode variar, então pode ser só um incômodo ou até mesmo uma dor insuportável. A questão aqui é que a menor das dores atrapalha a nossa relação com o sexo e acaba nos deixando tristes e frustradas!
E a gente não quer isso né?!
Como nossa ideia aqui é te libertar de toda essa prisão e mal-estar em relação ao sexo, vamos te explicar tim-tim por tim-tim quais são as possíveis causas, como iniciar o tratamento e o que você pode fazer para melhor esses sintomas, ok!?
Possíveis causas do vaginismo
As causas ainda são incertas, por isso não conseguimos dizer com exatidão o que pode desencadear essa doença, mas temos como associá-la a algumas experiências.
Momentos de traumas passados, experiências ruins com sexo e até abusos já foram relacionados ao vaginismo.
Mas lembramos que você pode não ter passado por nada parecido e mesmo assim ter as dores características da doença!
É plenamente possível que não haja um motivo, então não fique preocupada em buscar um!
A ansiedade está relacionada ao vaginismo?
Elas não estão diretamente relacionadas, mas se você possui vaginismo preciso te alertar que ela pode piorar as dores e aumentar a dificuldade de transar.
Sem contar que o sexo melhora nossa autoestima, nossa disposição, nosso amor próprio! Sem esse elemento essencial nas nossas vidas por conta do vaginismo, as coisas podem virar uma bola de neve.
Você não transa porque está ansiosa e acaba ficando ansiosa porque não transa.
E o que eu posso fazer se acredito ter vaginismo?
A primeira coisa que você precisa ter em mente é: relaxa, tem cura!
Um estudo feito sobre vaginismo aponta que 4 a cada 5 pessoas com vaginismo conseguem ter relações sexuais sem dor depois de fazer tratamento!
O vaginismo não irá ditar sua vida sexual por toda sua vida, é possível vencer esse problema, mas você precisa da ajuda de uma ginecologista.
Para iniciar o tratamento você terá que responder algumas perguntas. Essa etapa é necessária para descartar outros tipos de doenças, como a infecção do trato urinário, que também pode causar dores na relação sexual.
Logo depois o médico irá te examinar e essa etapa pode ser um pouco incômoda e dolorosa, mas pense sempre que esse é o início do diagnóstico e que logo você vai poder desfrutar de um sexo sem dor.
Os tratamentos disponíveis para vaginismo
Aqui é onde começa a ficar interessante e você vai ver que tem sim, diversas opções de tratamento para o vaginismo e que você não vai precisar passar por essa situação por muito mais tempo.
Algumas das opções são o uso de dilatadores vaginais, exercícios, fisioterapia, terapia, acompanhamento psicológico e até botox!
Vamos falar mais um pouquinho sobre cada um abaixo, dá uma olhadinha!
Dilatadores
Os dilatadores são feitos para relaxar os músculos do assolho pélvico.
Ele pode ser usado por indicação médica e ir aumentando de tamanho ao longo do tempo.
Exercícios
O vaginismo é a contração dos músculos da vagina, logo, exercitar essa área pode ser uma ótima solução.
Além de reforçar a musculatura, exercícios físicos também auxiliam no controle da ansiedade, autoestima e disposição.
Fisioterapia pélvica
Na mesma pegada dos exercícios, a fisioterapia do assoalho pélvico pode ajudar em diversas doenças além do vaginismo.
O objetivo aqui é também reforçar a musculatura de diversas formas e pode incluir alguns dos tratamentos que mencionamos aqui, como os dilatadores e exercícios específicos.
A diferença dele para os exercícios é que aqui o tratamento é feito sob medida para a sua situação, então é mais fácil de ser bem-sucedido.
Terapia
Lembra que lá no início do texto falamos que as causas são diversas? Pois bem.
Se o seu vaginismo tem raiz num acontecimento passado que abalou o teu psicológico, uma das formas de enfrentá-lo é falando sobre e buscando estar em paz consigo mesma.
Nós precisamos sempre nos lembrar de que os acontecimentos do passado influenciaram nossa vida, nos fizeram chegar até onde estamos, mas eles não podem definir quem nós seremos daqui pra frente.
Por isso, te convido a refletir sobre o que possa ter acontecido contigo e, se for o caso, não deixar de buscar ajuda!
A psicologia nos oferece diversos tipos de abordagens que podem te auxiliar nesse processo, e transformar sua autoestima.
Cirurgia e botox podem ajudar?
Muito cuidado com o que você vê por aí.
A cirurgia e o botox são passadas como opções de tratamento, mas elas possuem ressalvas.
No caso da cirurgia, sua situação tem a chance de se agravar, piorando as dores e reduzindo sua sensação de prazer na hora H.
Já o botox tem a capacidade de reduzir as dores, mas ele não vai tratar a causa. Nesse caso, é sempre bom fazer uma autoreflexão e buscar descobrir se há um porquê para a sua condição.
Reforçamos nosso compromisso com você e o seu bem-estar: procure um médico que possa te auxiliar nesse diagnóstico e investigar junto com você os melhores tratamentos para a sua situação.
Não tenha medo, busque ajuda!
Amiga, o intuito desse artigo é um só: te mostrar que o seu caso tem jeito, principalmente se você buscar acompanhamento médico e direcionamento.
Ter uma condição física ou psicológica que limita o seu prazer e a sua autoestima são extremamente frustrantes, mas saiba que você não está só.
Use e abuse de outros estímulos como o sexo oral, masturbação e preliminares, afinal, é um processo e você precisa curtir ele ao máximo!
Não tenha medo de conversar com o seu/sua parceiro(a) e mostrar para ele/ela quando você está desconfortável, vá no seu tempo!
Lembre-se que você não está sozinha!