O desejo sexual, ou a falta dele, pode ser um grande tabu para muitas mulheres. Mas, na maioria das vezes, a falta de libido não é indicativo de um problema.
Já aconteceu com você de estar super afim, mas o seu corpo indicar que naquele dia o mar não está para peixe? Ou o contrário: uma super lubrificação, mas quase nenhum tesão.
Essas variações da nossa libido são normais e a falta de desejo sexual pode ser contornada com algumas dicas.
Continue a leitura e descubra como desbravar a sua sexualidade e aumentar a libido no dia a dia!
O que é libido?
A libido não é um termo técnico utilizado pela medicina, justamente por ser um conceito um tanto quanto figurativo.
Eu explico. Em termos clínicos, os estudos sobre sexualidade e falta de desejo sexual estão muito mais ligados às causas psicológicas e hormonais que causam transtornos de falta de desejo sexual.
Já a libido pode ser entendida como uma “energia”. Isso inclui o seu bem-estar emocional e físico, influências eróticas e o momento em que você está.
Por isso, ter episódios de libido baixa não indica que você tenha um problema! Pode relaxar, porque mesmo nesses casos, isso não é o fim do mundo e você não deve se cobrar por isso.
Está tudo bem em não ter tesão todos os dias.
Sendo assim, quando falamos diretamente sobre libido, estamos utilizando diversos conceitos que permeiam a sexualidade feminina — como o próprio desejo sexual.
Qual é a importância da libido para a saúde feminina?
Mesmo sem nos aprofundarmos muito nas questões clínicas, ter uma boa relação com a sua sexualidade é fundamental para a sua saúde, sabia?
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a sexualidade é um dos pontos principais para alcançar o bem-estar — assim como devemos priorizar a nossa saúde em termos físico, mental e social.
Ao mesmo tempo em que a falta de libido possa estar relacionada ao estresse, ansiedade e desgaste físico e emocional de uma rotina exaustiva, nós também ficamos muito mais ansiosas, estressadas e até mesmo depressivas ao encarar a falta de desejo sexual.
Com tanta cobrança internalizada — e até mesmo de quem nos relacionamos — a falta de libido pode virar uma grande questão para nós.
Então, para manter o tesão na cama e no dia a dia, precisamos ter tesão em nós mesmas. Sem cobranças, sem nenhuma obrigação sobre isso.
O que causa a baixa libido?
A falta de libido pode ser causada por vários motivos. Alguns são mais sutis e fazem parte do nosso dia a dia, com jeitos mais fáceis de contornar. Entre alguns exemplos, podem afetar a libido:
- Estresse, ansiedade e cansaço;
- Uso de anticoncepcionais hormonais;
- Menopausa;
- Alimentação desbalanceada, falta de exercício físico, tabagismo e outros estilos de vida pouco saudáveis;
- Problemas no relacionamento
- Uso de antidepressivo;
- Amamentação;
- Traumas emocionais.
A baixa libido ocasional — aquela que acontece sem nenhuma frequência e sem muita explicação — é normal e acontece com todas nós.
Mas se a falta de desejo sexual se tornar recorrente, ou virar regra, é hora de investigar o que pode estar influenciando na sua baixa libido.
Baixa libido e o transtorno do desejo sexual hipoativo feminino (TDSH)
Muitos dos principais estudos sobre baixa libido buscam respostas e tratamentos para o transtorno do desejo sexual hipoativo feminino (TDSH).
O transtorno é tratado como uma disfunção sexual. Ou seja, quando o seu desejo sexual deixa de responder ao seu estado normal.
Para encontrar as respostas para o TDSH, os estudos se baseiam principalmente em dois pontos: questões psicológicas e hormonais.
Com isso, o TDSH muitas vezes pode ser tratado com psicoterapia, mas também há estudos em andamento sobre o tratamento com testosterona.
De qualquer forma, tenha a mente aberta e converse com seus médicos sobre como você se sente.
Ser sincera e compreensiva consigo mesma é o primeiro passo para uma vida sexual mais saudável e prazerosa.
Como aumentar a libido?
Com isso, chegamos aos finalmentes: como aumentar a libido?
Se você chegou até aqui, já sabe como a libido funciona. Porém, sempre podemos utilizar algumas dicas bem valiosas para dar uma mãozinha e alcançar a plenitude do desejo sexual.
Mas para ser bem objetiva e ir direto ao ponto, vamos focar em duas áreas principais que podem ajudar a aumentar a libido:
Alimentação e hábitos saudáveis
Uma alimentação balanceada é muito importante para a nossa saúde e isso afeta diretamente a nossa libido.
Mas, além de ter hábitos saudáveis e buscar o equilíbrio entre corpo e desejo, podemos incrementar a dieta e consumir produtos que aumentam a libido — e também cortar da rotina o que atrapalha.
Ajudam a dar um gás no desejo sexual:
- Chocolate;
- Pimenta;
- Chá-verde;
- Vinho seco;
- Abacate;
- Salmão;
- Ostras;
- Ginseng;
- Entre outros alimentos afrodisíacos.
Já o que atrapalha a nossa libido são:
- Consumo excessivo de álcool;
- Tabaco;
- Alimentos ricos em gordura e açúcar.
Por via das dúvidas, vale sempre se garantir em não pecar pelo excesso. Uma ou duas taças de vinho seco podem ajudar muito a esquentar o clima, mas o excesso de álcool tem o efeito contrário.
O mesmo vale para os outros itens. Para garantir a libido no dia a dia, assim como a saúde em geral, precisamos buscar sempre pelo equilíbrio!
Para além da alimentação e dos maus hábitos com substâncias como álcool e tabaco, precisamos falar das atividades físicas.
Aqui, além das atividades tradicionais, podemos desbravar atividades que trabalhem a questão erótica, como pole dance, dança burlesca e pompoarismo.
Assim, você pode encontrar outras formas de conhecer melhor o seu corpo e trabalhar a sensualidade e autoestima.
Autoconhecimento e empoderamento
O autoconhecimento precisa vir de dentro para fora. Ao trabalharmos a nossa autoestima e buscarmos novas formas de sentir prazer, a libido com certeza voltará ao seu normal.
Antes de tudo, como andam as coisas aí na sua cabecinha? Muito trabalho, problemas pessoais e outras questões?
Essas coisas afetam muito o nosso ânimo no dia a dia e acabam afetando também a libido. Afinal, como desligar a mente e curtir o momento?
Por isso o autoconhecimento é tão importante. Tire um tempo para você, seja sincera com os seus sentimentos e se coloque em primeiro lugar. Sempre!
Nesses casos, a psicoterapia pode ser uma ótima solução para reencontrar o equilíbrio e se reconectar consigo mesma e com que você se relaciona sexualmente.
Vale terapia, terapia de casal ou consultas com uma pessoa especializada em terapia sexual, como uma sexóloga. Esse é o momento de derrubar tabus e se permitir um momento de cuidado e acolhimento.
Indo além disso, conhecer bem o seu corpo, o que você gosta e se incentivar ao prazer é sempre muito bem-vindo!
Explore sem medo as zonas erógenas do seu corpo, como:
- Pescoço;
- Orelha;
- Coluna vertebral;
- Parte interna dos braços;
- Abdômen;
- Parte interna da coxa;
- Atrás dos joelhos;
- Pés;
- Seios;
- Virilha.
Esses são alguns dos exemplos de zonas erógenas. Caso você sinta mais prazer em outras partes do corpo, ou não fique muito confortável ao tocar essas regiões citadas, também está tudo bem, ok?
Se você já estiver bem confortável com essa parte, pode desbravar mares mais intensos, como o uso de sex toys e o consumo de mídias eróticas e informativas, como contos, livros, ilustrações e até mesmo newsletters como a da WAVE!
Para reencontrar o prazer e se conhecer melhor, vale utilizar tudo o que te deixar confortável.
Então, para se aprofundar ainda mais no assunto, não deixe de ler o nosso artigo com 5 dicas para aumentar a libido e assine a newsletter!
1 comentário
Muito inteligente.