Amiga, hoje eu quero te contar sobre uma técnica extremamente sexy, mas rodeada de tabus.
Já conversamos aqui sobre BDSM e já mostrei que esse conjunto de práticas pode ser tudo de bom e do melhor na hora de apimentar a relação.
Você deve se lembrar que uma das letras dessa sigla significa bondage, que consiste em conter ou limitar os movimentos e sentidos do(a) @ para proporcionar ainda mais prazer. Uma das variações dessa prática é ficar amarrado durante o sexo.
Pois bem, o papo de hoje é sobre a famosa técnica japonesa Shibari, que promete gerar novas sensações na transa por meio de nós e amarrações.
Antes de eu te contar tudinho sobre como usá-la entre quatro paredes, senta que lá vem história.
O Shibari surgiu no Japão durante a Idade Média como uma forma de conter e torturar inimigos. Com essa técnica, os japoneses descobriram que apertando determinados pontos do corpo era possível provocar dor.
Calma, não precisa sair correndo, a parte boa está chegando, rs.
No século XX essa prática ganhou um novo significado a medida que as pessoas perceberam que determinados tipos de nós eram capazes de deixar em foco zonas erógenas de maneira precisa. E é aí que entra o prazer nessa equação que fez com que o Shibari ficasse famoso no meio BDSM e como uma forma de expressão artística 🎨.
Para quem está sendo amarrado, a grande onda da brincadeira é a combinação de desejo, ansiedade, estresse, vulnerabilidade, confiança e medo que a técnica proporciona. É quase como um ritual onde você se entrega um pouco mais a cada nó que é dado. (🥵).
Para quem está amarrando, o grande lance é ter 100% do controle da situação e da outra pessoa.
Ou seja, Shibari não é só amarrar. Ele é uma construção de sensações físicas e psicológicas por meio desse ritual de passar a corda pelos lugares certos.💦.
Ficar amarrada com uma corda deve ser acima de tudo consensual.
Funciona como uma preliminar, como uma forma de criar ainda mais intimidade e conexão com o/a @ e como uma forma de esquentar o sexo em si.
Durante processo de amarração pelo corpo estão liberados toques, penetração, sexo oral, encenação, massagem, uso de velas eróticas, vibradores e qualquer outro bônus que você e o/a seu/sua consagrado(a) estiverem dispostos(as) a experimentar 🔥.
Uma vez eu estava namorando com um boy que passava uma vibe meio Christian Grey que me dava muito tesão. No meio da pegação, ele pediu para eu esperar, saiu do quarto e voltou com uma corda na mão. Amiga, não vou mentir, na hora me deu medo de aparecer na manchete do Cidade Alerta no dia seguinte, mas como já nos conhecíamos a mais tempo e eu confiava nele, topei.
Quando ele pediu para eu me deitar e colocar os braços para trás para me amarrar, eu te juro que a sensação foi indescritível 🥴.
Fiquei toda arrepiada e só de sentir ele me amarrando com a corda. Parecia que cada toque virava uma explosão na minha pele e isso que ele nem tinha ainda começado a me penetrar ou me estimular. Com os olhos fechados, a sensação era como se eu estivesse expandindo todos os limites do meu corpo e tudo ficava ainda mais excitante. Nem preciso dizer que foi uma noitada daquelas, né? Rs 🤤.
Ficou interessada em começar a transar amarrada? Então vamos ao que interessa 😉.
Por onde começar 🚣
Tudo o que você vai precisar é uma corda de fibra natural entre 8 e 6 metros de comprimento, uma tesoura de ponta romba (aquela que é usada em primeiros socorros para cortar tecido) para soltar a corda se for preciso, água para manter você ou/a seu/sua parceiro/parceiro bem hidratado(a) e, claro, o que não pode faltar é um corpitcho para ser amarrado (Ui!).
Aqui é praticamente um Art Attack do sexo, mas além da amarração ficar bonita, você e o/a @ vão ganhar ainda mais prazer. Antes de já botar a mão na massa (ou na corda, rs), algumas dicas, ou melhor, cuidados de ouro 🥇para não correr nenhum risco durante a prática:
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Primeiro, converse com o seu/sua consagrado(a) para entender os limites dele(a) e o que ele(a) gosta na cama 🗣️. A confiança e o consenso são ingredientes primordiais para essa brincadeira.
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Comece pelo básico ✋. Imobilize primeiro apenas as mãos, pode ser com um lenço, corda ou algemas, e depois vá testando seus limites, prendendo os pés para conter os movimentos da perna, por exemplo. Essas etapas já são o suficiente para a maioria das pessoas.
Lembre-se: nunca aperte o nó para não se machucar ou lesionar o/a parceiro/parceira.
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A ideia aqui é se aventurar, mas ninguém quer precisar chamar uma ambulância no meio do oba oba 🆘. Por isso, não é recomendável que a corda seja passada no pescoço ou na cabeça. Evite também pressão nas juntas e nas articulações, visto que essas regiões têm muitos nervos expostos. Nas mulheres, a corda deve ser passada acima ou abaixo dos seios, nunca em cima deles.
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Bem-estar em primeiro lugar. Se o dominado começar a sentir desconforto, como formigamento nas partes do corpo que estão amarradas, tontura, claustrofobia, desate os nós e interrompa a prática imediatamente. O importante é que você e seu/sua parceiro(a) estejam seguros(as).
Se quiser aprofundar no assunto, existem cursos para dominar e aperfeiçoar essa arte da amarração. Nele são ensinados temas como segurança, anatomia, como nervos, circulação e articulação, além de técnicas de imobilização, lugares onde a corda deve ou não passar, e como fazer nós com precisão.
Fato é que Shibari não é para todas. Sabe aquele ditado, gosto é que nem 🆒 cada um tem o seu?
Se você não curtir ficar amarrada, não tem nada de errado nisso. O importante é você conhecer o que te dá mais prazer e vida que segue 😉.
E se você quer se tornar uma adepta dessa técnica japonesa, não custa nada tentar. Faça com alguém 100% de confiança e realize sua fantasia sem medo, eu tenho certeza que você vai se amarrar nessa prática, rs. Ba-dum-tssss 🥁.
Brincadeiras a parte, te vejo por aqui na próxima quarta-feira, capisce?
Boas vibrações e até lá.
Caso queira aprender a dar os primeiros nós
Apesar de ter restrição de idade, esse vídeo não tem nudez nem imagens eróticas. Pode ver sem medo.
Você já sabe
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