Amiga, pensou mesmo que eu ia esquecer que dia é hoje? Ou melhor, que hoje é o nosso dia? O Dia Internacional da Mulher foi criado para trazer mais visibilidade às conquistas e obstáculos existentes em relação à equidade entre homens e mulheres, seja no campo profissional, acadêmico ou pessoal.
Mas quando pensamos em equidade de gênero, pouco falamos sobre a desigualdade que existe no prazer.
De acordo com o Censo do Sexo realizado pela sextech Pantynova, nós mulheres gozamos 35% menos do que os homens.
Esses dados não são do século passado, mas sim de 2022. Tá passada? Isso é chamado de GAP do orgasmo e é apenas um dos problemas culturais que ainda impedem que nós, galera mulheres, desfrutarmos plenamente da nossa própria sexualidade.
A carga histórica é grande.
É um choque quando a gente para pra pensar, mas não faz muitas gerações, era uma desonra uma mulher se casar já tendo tido uma primeira relação sexual.
Somente com o surgimento de métodos contraceptivos e do crescimento das mulheres no mercado de trabalho foi que nós começamos a ter mais controle sobre o próprio corpo, decidindo quando e se teriam filhos, e mais voz dentro de casa e nos relacionamentos.
O sexo saiu do lugar de “dever / ato reprodutivo” para ser mais associado com o prazer, algo que antes era visto como um privilégio masculino.
De lá para cá já evoluímos muito em relação ao empoderamento da nossa sexualidade, mas o prazer feminino ainda é um tabu e tem muita mulher que não se permite explorar o próprio corpo e prazer.
Eu tenho amigas que ainda tem vergonha de falar sobre sexo com suas ginecologistas.
Tenho outras que mentem para seus parceiros a quantidade de pessoas com quem já transaram com medo de serem julgadas ou até mesmo ficarem sozinhas por isso.
Eu mesma, até pouco tempo, ainda escondia o meu vibrador a sete chaves com medo de alguém encontrar. Detalhe: eu moro sozinha, rs.
Ou seja, ainda não chegamos no mundo ideal, mas como diz Nicki Minaj, todas nós temos direito de gozar.
Poder se expressar sexualmente sem culpa ou julgamentos é um direito tão necessário quanto equidade salarial, espaço em cargos de liderança, segurança em espaços públicos e tantas outras lutas que estamos enfrentando.
Não existe empoderamento feminino sem o empoderamento e a liberdade sexual, que é quando uma mulher se sente capaz de se expressar sexualmente, tendo uma relação saudável com o seu corpo e com o próprio prazer.
Mas como abraçar a minha sexualidade? 🤔
Ter a autonomia da sua sexualidade e não delegar o seu prazer ao outro. Você precisa se conhecer, saber do que gosta/não gosta e conseguir expressar suas vontades.
Óbvio que tenho umas diquinhas marotas para te ajudar nessa jornada, rs.
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Let’s talk about sex🗣️.
Pode parecer óbvio, mas conversar sobre sexo, seja com suas amigas ou seu/sua parceiro(a), é um dos melhores caminhos para quebrar esse estigma. Assim, o sexo deixa de ser aquilo-que-não-deve-ser-nomeado, para se tornar um tema natural.
Compartilhe suas experiências (sejam elas memoráveis ou desastrosas), dúvidas, dicas e fantasias, que eu te garanto que você já anda duas casas no tabuleiro do empoderamento por manter essa conversa viva e ainda por encorajar as mulheres da sua vida a fazerem o mesmo.
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Se toca! 👋
Se conhecer sexualmente não só ajuda a ter mais prazer individualmente como também com outra pessoa.
Além disso, a famosa 🦀💰 (siririca) ainda faz muito bem para saúde:
- aliviando dores menstruais,
- melhorando o sono,
- diminuindo o stress e
- deixando qualquer uma de bom humor, rs.
Mas acima de tudo, essa é uma ótima forma de priorizar e se orgulhar em se dar prazer.
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Prazer não é só penetração.
Essa frase já virou um mantra em nossos papos, rs.
Mas fato é que um estudo publicado no The Journal of Sexual Medicine apontou que as mulheres lésbicas são mais propensas ao orgasmo do que as mulheres heterossexuais.
Podemos pautar essa estatística ao fato de que em relações entre mulheres, a estimulação do clitóris está muito mais em foco.
Cá entre nós, para alguns homens, é mais fácil encontrar em qual mar está escondida Atlântida que o nosso botãozinho do prazer.-
Invista no seu prazer 🤑.
A ciência não mente: um estudo publicado no The Journal of Urology concluiu que o uso de um vibrador durante a masturbação reduz o tempo que mulheres levam para “chegar lá” e ajuda a alcançar orgasmos múltiplos. Não esqueça do lubrificante, para te ajudar a deslizar no prazer. Ai que delícia 😏.
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Chega de slut-shaming.
Nada adianta estar bem com o seu próprio prazer se você julga a colega que tem uma vida sexual ativa e bem aventurada. O número de pessoas com quem você ou outra pessoa transa não deve ser um problema.
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Cuide da sua saúde sexual.
Faça exames de rotina, visite pelo menos 1x no ano sua gineco e, por último mas não menos importante, use camisinha para evitar ISTs.
Inclusive, carregue consigo mesma seus próprios preservativos, para não cair no papo do boy Chernobyl que fala que “esqueceu de trazer”.
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Cuide da sua saúde emocional.
Não faça nada que você não queira fazer com a outra pessoa. Consentimento é regra número 1 para qualquer ato sexual, o oposto disso é estupro.
Em uma sociedade que faz as mulheres se envergonhar por tocarem o próprio corpo e sentirem prazer, lutar pelo direito de exercer a sexualidade plenamente é algo muito corajoso. Então não importa como você vai celebrar nossa data, mas nunca deixe de valorizar e se orgulhar do seu corpo e prazer.
Ainda temos muito a conquistar, e conseguiremos juntas, mesmo que incomode muitos opressores por aí ♀️✊.
Lacrei, né? Rs. Se prepare porque semana que vem tem mais dicas encharcadas de prazer e, claro, a lição do dia: muita liberdade sexual. Até!
Música da semana 🎶
Não dava para ser outra, rs
Semana que vem prometo enviar uma musiquinha bem sensuelen.
Corre aqui rapidinho 🏃
Ainda dá tempo de você empoderar outras mulheres f#d@s em relação à sexualidade. Afinal, hoje é Dia da Mulher, vamos prezar pela sororidade, né? Ninguém solta a mão de ninguém 🤝. Comece enviando o link de inscrição da newsletter para sua tia, avó, prima, irmã, mãe, vizinha, amiga de infância ou qualquer uma que precise de dicas encharcadas para ter uma vida mais prazerosa e LIVRE DE TABUS. É impulsionando o diálogo que a mudança é feita, beijocas.
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2 comentários
Achei muito interessante,esse assunto,e delicado por que não e todo mundo que fala sobre isso, alguma mulher tem vergonha de comenta.
Achei bem interessante o assunto, e delicado pra realmente nós mulheres fica atenta, e investir mas em nós mesmo pra ficar satisfeita