Entenda o básico do BDSM

Entenda o básico do BDSM

Vem de chicote, algema, corda de alpinista 🎶… Sim, amiga, o assunto de hoje é sobre isso mesmo que você está pensando. Hoje quero abrir sua cabeça sobre uma prática muitas vezes mal interpretada, mas que pode proporcionar momentos deliciosos se nos permitirmos. O tal do BDSM.

Ao final desse texto, de duas uma: ou vai surgir uma nova fantasia na sua cabeça ou você vai aprender o bê-á-bá sobre o assunto para não passar vergonha na mesa do bar com as amigas.

Usando dados de busca do Google de 2020, o site Vivalocal apontou que a prática de BDSM, é o fetiche sexual mais buscado pelos brasileiros.

É o famoso: todo mundo quer, mas ninguém fala sobre.

Para começar, vamos ao significado das siglas. O acrônimo BDSM vem de um conjunto de práticas que lidam com jogos de obediência e hierarquia entre pessoas. Eles se organizam nos seguintes subgrupos:

B-D: Bondage e Disciplina

D-S: Dominação e Submissão

S-M: Sadismo e Masoquismo

Para começarmos, é preciso ter em mente que o BDSM, apesar de todo o preconceito que o cerca, vai muito além da imagem de mobiliários ameaçadores e pessoas de látex que a mídia vende.

Existe um grande leque de práticas que podem ser acrescentados na transa no conforto do seu quarto (você provavelmente já deve ter aderido a alguma sem saber).

Para você desvendar esse vasto universo, primeiro você precisa entender o que cada termo significa:

  • Bondage: é a prática de conter ou limitar os movimentos e sentidos do(a) @ para proporcionar ainda mais prazer. Cordas, algemas e correntes são utensílios comuns em bondage. Sabe aquela venda nos olhos para surpreender o boy na transa? Acredite se quiser, mas isso também é considerado bondage.

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Eu estava saindo com um boy uma vez que assim que entramos no meu quarto ele arrancou o cinto da calça, prendeu minhas mãos e amarrou elas acima da minha cabeça na cabeceira da cama. Foi tão rápido que na hora que vi ele já estava em cima de mim me olhando com cara de safado, desabotoando um a um os botões da minha camisa e massageando meus peitos sem eu poder reagir … Só de lembrar deu um calorão aqui 🚒, rs.

  • Disciplina: Essa prática é quando uma pessoa aplica regras a outra que precisam ser obedecidas. Quando umas das regras de comportamento é quebrada, o dominante aplica punições ao submisso. 

    O nível da punição por “mau comportamento” varia de acordo com os desejos dos participantes. Podem ir desde correção verbal, xingamento, palmatória, chicotadas ou impedir a pessoa de fazer algo (como ‘chegar lá’ só quando o/a @ permitir). 

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  • Dominação:  É o ato de controlar alguém e de sentir prazer em mandar em alguém. O dominador(a) exerce uma autoridade sob a pessoa submissa de forma psicológica e/ou física. Imagina deixar o boy na palma da sua mão? Credo que delícia, rs.

Inclusive, estou em busca de um @ que anime esse jogo. Vou mandar ele arrumar a casa inteirinha e ai dele se não esticar o lençol quando for fazer a cama. Se conhecer alguém para me indicar, manda um DM, rs. ✌ 

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  • Submissão: Aqui é o oposto da dominação. É quando alguém sente prazer em se submeter e obedecer às ordens do/da dominador/dominadora.

  • Sadismo: Quem é sádico é a pessoa que gosta de provocar dor e sofrimento, seja física ou psicológica em alguém. O bonde do Christian Grey quem diga.

  • Masoquismo: Já uma pessoa masoquista é o oposto do sádico, ou seja, é quem tem prazer em sentir dor. Algumas das práticas comuns em vários lares são: tapas, palmadas, mordidas e chicotadas.

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Lembrando que é possível uma mesma pessoa ser sadomasoquista e trocar de papel para dominante ou submissa dependendo da situação. Nesse caso, ela ganha o nome de switcher.

Se você tem pé atrás em incluir um pouco de dor misturado com prazer entre quatro paredes, dois estudos de universidades norte-americanas publicados no Archives of Sexual Behavior explicam que a inclusão de práticas sadomasoquistas no sexo faz bem para o relacionamento. 

No final do estudo, os casais avaliaram a experiência BDSM como positiva e disseram que saíram da experiência sentindo-se mais próximos do que antes

Eu já experimentei uma ou outra coisa desse mundo e o sentimento foi de criação de um elo de intimidade com a outra pessoa. Por ser uma prática considerada um tabu, é como se compartilhássemos um segredo em comum. Amo um dirty secret consensual, shhhh!

Agora que você já entendeu o que é BDSM e seus subgrupos, vamos às regras básicas!

Por onde começar 🚣‍♂️

O BDSM exige prática, paciência e comunicação. Antes de já mandar construir seu quarto vermelho, eu separei para você os principais mandamentos desse fetiche segundo ninguém mais, ninguém menos do que eu mesma, rs.

  • Determinem o “contrato”. Esse é um acordo verbal ou escrito que determina as regras, limites e até a duração das práticas de BDSM.

    A regra número um é entender os limites das pessoas envolvidas. Eu mesma, se me xingam na cama eu choro (posso ser safada, mas também sou sensível, rs), só que existem outras práticas que eu permito durante o sexo. Tudo é uma questão de se autoconhecer e saber o que te dá mais tesão e o que você não acha tão ou nada prazeroso.

  • Escolham uma safeword. Essa é uma palavra que quando dita, significa que é para parar o que está sendo feito pois um limite foi ultrapassado alguém está desconfortável. Escolham uma palavra de preferência inusitada. Não vale “pare”, “não quero”, até porque essas palavras podem ser muito confundidas com a encenação do jogo.

  • Comecem por práticas leves. Você pode começar colocando uma venda no(a) @ e provocando diversas sensações nele(a), passando plumas, penas, tecidos macios, escova com cerdas suaves sobre a pele sem ele(a) ver o que é. Pingar velas de massagem no corpo também é um bom começo. Aos poucos vá evoluindo em direção à onde o desejo e imaginação de vocês levarem.

  • Priorize a segurança. Independente da prática que escolherem, cuidado com o bloqueio de vias respiratórias, circulatórias e áreas sensíveis. O objetivo é sempre potencializar o prazer, e não machucar o/a @.

  • Não use o pornô como inspiração: Muitos dos vídeos e filmes apresentam uma visão deturpada, agressiva e na maioria das vezes não tem como foco o prazer feminino. Contos, áudios e livros eróticos podem ser caminhos melhores para começar.

  • Explore os toys: O que não faltam são opções disponíveis em sex shops. Chicote, amarras, anéis penianos, mordaças, plug anal, prendedores de mamilos, roupas de látex, máscaras… PS: algemas costumam machucar. Eu particularmente prefiro amarras de tecido, fivela ou velcro.

  • Conversem após o sexo. Esse papo tem o objetivo de avaliar o que foi bom e se tem algo deve ser evitado nas próximas vezes.

Ouviu esse barulho? É o tabu sendo quebrado (ba dum tsss). Brincadeiras à parte, a lição de casa foi dada agora é só colocar em prática. Se você experimentar com alguém de confiança e com quem você tenha bastante intimidade, não tem por que ter medo. Divirta-se!

Até semana que vem! 

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