Conto Erótico: Lua Cheia

Conto Erótico: Lua Cheia

A atmosfera dessa cidade é peculiar e faz jus ao apelido que tem, afinal, realmente há magia no ar. Tem uma época do ano que de tão úmido, dá a impressão de avistarmos peixes nadando no ar.

Ilha mágica com muitas histórias e lendas urbanas.

 

Início da noite. Estava lá sentada à mesa do bar, bebericando minha cerveja e esperando o álcool fazer um leve efeito.

Ele chegou e ficou conversando com os amigos, a umas duas mesas de distância. Ficou ali parado de pé, de papo, encostado em sua bicicleta, com uma prancha do lado. Os olhos verdes combinavam com a camiseta que ele usava e com o cabelo preto comprido e ondulado. Era difícil não olhar e ficar imaginando o que aquele pano escondia. Dei mais um gole e fiquei ali perdida nos meus pensamentos lascivos. 

 

- Moça, posso pegar essa cadeira?

 

Dei um pulo, levei um susto! Era ele falando comigo. Sorriu.  Assenti. Agradeceu e voltou aos amigos. Ficou ali de novo parado, agora me olhando. Conversando e me olhando, por vezes sorrindo, quase como um convite.

 Bullet acqua

- Eu vou pra praia, quer vir junto?

 

Olhei pros lados, mas era comigo mesma que ele estava falando.  Aceitei. Do bar ao mar, era mais ou menos uma quadra para se caminhar, fui ao lado dele, ele empurrando a bicicleta.

 

- Marcelo… Meus amigos me chamam de Tchello, mas confesso que tal instrumento, não sei tocar. Riu.

 

Logo mais descobri que não era só o humor dele que também era peculiar como a Ilha. Ele gostava de surfar em noites de lua cheia, como aquela em que estávamos, tinha por volta de um metro e oitenta e braços fortes, no que eu conseguia perceber. Mas a falta de bronzeado lhe negava aquela pinta de surfista que ele aparentava.

- Sou notívago!

Ele tirou a prancha do suporte da bike e fixou na areia, largou a bicicleta e se sentou ao meu lado na canga. A lua cheia fazia a espuma das ondas brilhar. Fico excitada olhando o mar. A voz dele veio de repente, parecendo transcrever meus pensamentos:

 

- Eu fico excitado olhando o mar.

 

Disse isso e se levantou, tirou a camiseta, pegou a prancha e me olhou:

 

- Quinze minutos, prometo. Volto e continuamos essa conversa.

 

Falar ‘não’ naquela situação não ia resultar em nada, ele já estava de costas pra mim, caminhando em direção ao mar, exibindo as costas nuas, com cicatrizes profundas, fazendo outras curiosidades, além das milhares que ele já havia despertado, surgirem.

Deitei na areia, me espreguicei e fiquei ali deitada, sozinha na praia, olhando a lua, não percebendo o tempo passar. Fechei os olhos para ouvir melhor o ondular do mar. E então, sorrateiramente uma sensação de proximidade me despertou da meditação praiana e me fez levantar as pálpebras. Ele estava ali, em cima de mim, com os cabelos pingando, me molhando o peito. Lambeu os lábios, afastou as alças do meu vestido  e despiu meus seios, abocanhando-os. Sugou, lambeu, mordeu. Uma das mãos dele já estava dentro da minha calcinha, forçando-me a abrir as pernas. 

Ele largou os seios e se dedicou às coxas. Lambeu um caminho inteiro, entre os joelhos e o clitóris, puxou a calcinha pro lado e me comeu com dois dedos, em movimentos rápidos e certeiros, me fazendo gemer alto. 

Me virou e me colocou de quatro na areia. Eu escorria. Olhei em volta e não havia mais ninguém lá além dele e eu e ele agora me lambia atrás, enfiando os dedos em mim novamente. Um, dois, três, quatro…. Eu latejava de tesão e já estava massageando meu clitóris. Gozei. Ele gemeu de satisfação. Tirou a mão de dentro de mim, molhando bem meu anus, começou a massagear levemente a região, deixando um dedos ou outro entrarem, abrindo caminho para novas sensações que invadiam meu corpo em ondas, como aquelas que batiam na areia da praia, produzindo a melodia certa para aquela ocasião.

De repente, ele enfiou a cabeça do pau ali, malabarista que ele parecia ser, fez isso com uma das mãos no meu clitóris. Ele empurrou um pouco mais do pau, gritei baixinho, ele enfiou o resto, me puxando pela cintura, me preenchendo inteira. Me puxou os cabelos, fazendo-me levantar, começou a morder meu pescoço enquanto estocava veementemente em mim e eu gemia alto.

Gemia alto mesmo, um pouco de dor, muito de prazer. Aqueles dentes no meu pescoço iam deixar marcas. Entrei em estado de gozo. Meu corpo inteiro tremeu, eu parecia flutuar, era um sonho, quase um desmaio… Ele ali me estimulando, minha buceta era quase um rio, onde ele enfiou os dedos de novo e nadou, mergulhou… Perdi o fôlego e gritei. Gozei e gritei e gozei e acho que adormeci gozando. 

Acordei com o sol começando a nascer. Os primeiros raios acusavam que eu estava sozinha. Eu sentia ainda latejava, as pernas ainda meio moles. Aproveitei a solidão, terminei de tirar o vestido e corri pro mar só de calcinha. A manhã nascendo e o mar banharam meu corpo, levando embora o suor e a areia, enquanto eu pensava na sacanagem que era ele ter me deixado sozinha. Passei a mão no pescoço, ainda sentia as mordidas dele. 

Voltei e me vesti. Peguei o celular. Eu havia feito algumas fotos da noite. Queria olhar de novo para aquela cara de malandro, mas era tão estranho… Será que eu estava assim tão bêbada que não tinha conseguido enquadrar ele em uma foto sequer?! Nem na nossa selfie ele apareceu! Aquilo me deixou intrigada. Já faz 15 dias e essa dor no pescoço não passa. Ainda tem as marcas. Tenho me sentido estranha, dormido mais durante o dia. Espero que ele não surfe apenas na lua cheia, tenho voltado todas as noite naquele bar.

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