Conto Erótico: Conectados

Conto Erótico: Conectados

Quando dei por mim, o espelho do teto refletia meu corpo nú.

Me vi linda, maquiada, cabelos escovados, colar dourado, brincos dourados também, apenas isso e mais nada. 

Entre meus seios, o celular em chamada de vídeo me mostrava ele e me deixava com tesão. Via seus olhos e imagem concentrado. Estávamos em um quarto de motel. Um lugar legal com conceito de spa.

Cheguei sozinha. Nunca tinha imaginado fazer isso, mas tive vontade e fiz.

Na noite anterior me preparei: separei roupas com as quais gostaria que ele me visse, maquiagem… pensei nas músicas que gostaria de ouvir, o horário que chegaria e durante quanto tempo ficaria lá. Tudo planejado.

A suíte era linda e aconchegante, com ar condicionado com temperatura de verão. Em Porto Alegre, naquela tarde faziam onze graus. Dirigi até lá me sentindo LIVRE! Desejando estar com ele. Não interessava onde ele estava fisicamente. Naquele momento estaríamos conectados.

Entre minhas pernas dois vibradores: um sugador e outro para penetração. Eu gemia. Pelo reflexo do espelho via seus olhos e sabia que suas mãos se moviam. Ele tambem estava se masturbando. Me dizia o que fazer e eu me excitava ouvindo suas orientações. Sou apaixonada pelo seu timbre de voz.

Nos conhecemos a um tempo, sabemos o que fazer para dar prazer ao outro. A cada encontro virtual descobrimos mais, exploramos limites, as ideias surgem e aos poucos, dentro do tempo de cada um, se concretizam. Nunca param. Naquele sábado foram muitas posições, eu me movia e levava ele comigo. Quando deitei de bruços o coloquei deitado na cama, celular apoiado na cabeceira para ele ver meu corpo refletido no espelho. Minha bunda desejava e imaginava o peso do seu corpo sobre o meu. Todas minhas curvas, eu o via de perto. Me ajoelhei na cama, vibrador entre as pernas, ele falava comigo. Eu tocava meus seios, imaginando a boca dele ali. A imaginação nos leva longe. Eu me via linda pela tela do celular e conseguia sentir o tesão dele, meus gemidos livres, a respiração dele. Gozamos juntos, gritei seu nome.

Instantes de um contemplar profundo onde não é preciso dizer mais nada depois de tanta intimidade construída e liberdade vivida.

Quando desligamos fiquei ali, quase que em meditação profunda, me contemplando, plena, linda, feliz, leve e LIVRE. 

Tomei um banho demorado com a música no volume máximo, enquanto aguardava um belo café da manhã em porção única que ía chegar.

Em pensamento uma voz sussurrava: cuide-se, você vale muito.

Texto enviado por: Cristine Ventura

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